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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

RASTROS DO PAMPA (TINTO)

Brasil - Guatambu - Rastros do Pampa - Cabernet Sauvignon - 2009 - U$ 24


Eis um exemplar de um problema crônico dos produtores nacionais: o alto custo. Entendemos o custo de um produto como dado no processo produtivo, que acrescido do lucro comercial da venda direta ao consumidor, compõe o preço. Neste caso, ou o processo produtivo precisa ser reformulado, ou houve um problema determinante do alto custo, como uma má colheita, ou, ainda, houve por parte do produtor uma estratégia de marketing desaconselhável, que consiste em chamar a atenção para o vinho pela elevação aleatória do custo.
A consequência disso é uma frustração na degustação, pois, devido ao preço pago, determinadas características são esperadas com base nos concorrentes conhecidos, o que não ocorreu com este vinho. Não queremos, portanto, menosprezar o Rastros do Pampa, mas assegurar que a qualidade não corresponde ao custo, ou seja, o custo-benefício deste cabernet sauvignon é muito desfavorável.

Trata-se de um vinho de características bastante jovens, apesar da safra ser de mais de dois anos. Embora a cor seja bela e atrativa, um rubi brilhante com tons violáceos, a consistência é pouco densa, as lágrimas bastante espaçadas.
O aroma é tímido, ainda que apresente notas agradáveis, porém difíceis de perceber.
No paladar, longe de ser um vinho de má qualidade, apenas aparecem características bastante opacas de lácteos e pouco expressivos caramelo e café. Taninos fortes demais para o resto, o que o deixa um pouco desequilibrado. O corpo é pouco potente e o vinho não perdura além de 4 ou 5 segundos. Definitivamente, as características oferecidas pelo vinho da gaúcha Guatambu tem equivalentes no mercado pela metade do preço.
Para os que não se incomodam em gastar um pouco mais que o "justo", é um bom vinho para o dia-a-dia, mas não satisfaz o desejo de apreciar um vinho marcante.



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